quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mulheres do Distrito Federal ganham mais do que os homens

Uma pesquisa aponta que essa vantagem no contracheque das mulheres é só no Distrito Federal. Em qualquer outro lugar do Brasil, eles ganham mais.

Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa

Uma pesquisa mostrou uma mudança importante no mercado de trabalho: as mulheres estão ganhando mais do que os homens em Brasília. Tudo indica que essa mudança tenha a ver com o processo de seleção.
A maioria dos empregos em Brasília está no serviço público, e o caminho para se chegar a essas vagas é o concurso. Quem se prepara melhor leva a vaga, não é importa se é homem ou mulher. Parece que as mulheres andam mais dedicadas.
Em um escritório de advocacia, a maior parte dos cargos de comando é das mulheres. “Nosso processo de seleção é muito rigoroso e muito técnico. É de acordo com a capacidade, com a formação e com o perfil, e não pelo gênero”, afirma a advogada Marta Mitico.
Um levantamento do Ministério do Trabalho diz que no Distrito Federal, em média, as mulheres ganham mais do que os homens. O rendimento médio das mulheres é de R$ 3.803,55. Ao todo, são R$ 140 a mais do que a média salarial dos homens.
“As mulheres conseguiram atingir uma autonomia em relação aos homens. Então, eu acredito que não temos do que reclamar”, diz a advogada Priscila Brandt.
Maura Bernardo é auxiliar de cozinha e paga as contas sem dificuldade. A auxiliar brinca: “Quero um homem que me sustente, e não eu que sustente homem”.
A pesquisa aponta que essa vantagem no contracheque das mulheres é só no Distrito Federal. Em qualquer outro lugar do Brasil, eles ganham mais. O levantamento também diz que, em geral, o salário das profissionais no Distrito Federal é mais do que o dobro da média nacional das trabalhadoras.
Será que acabou o preconceito? Para a professora de sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Lourdes Bandeira, não é bem assim. Ela explica que boa parte dos empregos das mulheres está no serviço público, onde os funcionários são selecionados por concurso. Nesses casos, não tem como discriminar por gênero.
“Grande parte do funcionalismo público federal já tem o ensino superior, porque há um acesso muito abrangente no Distrito Federal. Tendo ensino superior, evidentemente a faixa salarial tende a aumentar”, lembra a professora de sociologia da Universidade de Brasília, Lourdes Bandeira.
O levantamento mostrou também que o menor rendimento médio do país foi pago no Ceará:
R$ 1.228,00. Mas esse valor se refere a homens e mulheres.

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